Medicamentos isentos de prescrição no Brasil: como promover o autocuidado e reduzir o risco sanitário?
Os medicamentos isentos de prescrição (MIP) são um recurso importante de autocuidado, quando utilizados para tratamento de sintomas menores, com auxílio do farmacêutico, de forma correta e por tempo limitado. É importante promover o autocuidado com esses produtos, ao mesmo tempo em que se reduz o risco sanitário.
Em audiência pública na Câmara dos Deputados, em Brasília, novembro de 2018, discutiu-se o tema:”Comercialização de medicamentos isentos de prescrição (MIP) em supermercados e estabelecimentos congêneres”.
Estive presente nesta audiência, representando a Abrafarma, e fiz uma apresentação técnica sobre o risco sanitário dos MIP e o trabalho que as farmácias e os farmacêuticos realizam a fim de promover benefícios e reduzir riscos. Foi um honra representar a entidade em discussão tão importante.
A Lei 13.021/2014, define a farmácia como unidade de prestação de serviços destinadas a prestar assistência farmacêutica, assistência à saúde e orientação sanitária individual e coletiva. Esses estabelecimentos cumprem rigorosas regras sanitárias em relação aos seus produtos e serviços.
Farmácias de todo país oferecem uma série de serviços farmacêuticos, entre eles vacinação, testes rápidos de saúde, campanhas educativas, orientação e acompanhamento a pacientes crônicos e atendimentos em autocuidado. Milhares de estabelecimentos no país contam, inclusive, com estrutura física especial para acolhimento, atendimento privativo e seguro para a população.
Abaixo disponibilizo o vídeo da apresentação, que também pode ser baixado neste link.
Disponibilizo também a apresentação para download, em Power Point, que pode ser usada, reproduzida, adaptada livremente, de modo que essas informações alcancem o máximo de pessoas possível.
As conclusões de minha apresentação foram:
Os MIPs são medicamentos de fácil acesso. Usados diariamente por muitos brasileiros. São um recurso importante de autocuidado.
Mas não são isentos de riscos. Muitos pacientes cometem erros, abusos e sofrem consequências adversas desses tratamentos.
Os medicamentos em geral são uma causa muito importante de morbidade. Respondem por custos da ordem de 65 bilhões de reais por ano. A automedicação com MIPs é considerada um fator de risco.
Para minimizar o problema é preciso: promover educação da população, acesso ao farmacêutico e um sistema de farmacovigilância atuante.
Os farmacêuticos das farmácias são um recurso acessível e muito utilizado pela população para obter informações sobre uso responsável dos MIPs.
Manter os MIPs da farmácia e fortalecer a atuação e o acesso ao farmacêutico é necessário para minimizar o risco sanitário dos MIPs.